Vigilantes voltam ao trabalho após paralisação nesta terça-feira

Leandro Caldas | 18:56 | 0 comentários

Carolina Barbosa e Júlio César Barreto

Foto: Genilson Pessanha

Após negociação, os vigilantes de uma firma que presta serviços ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), voltaram a trabalhar na tarde desta terça-feira (10), depois de uma paralisação durante a manhã, em Campos. Segundo os profissionais, eles estariam três meses sem receber salários. Com a paralisação, apenas um vigilante estava durante a manhã na agência da 13 de Maio, que só abriu por volta das 13h. Dezenas de pessoas que foram ao local fazer perícia ficaram na calçada aguardando.
Ainda de acordo com os trabalhadores, os salários atrasados seriam referentes aos meses de agosto, setembro e outubro. Em Campos, cerca de 12 funcionários teriam cruzado os braços. “A empresa não fala nada. Aqui tem chefe de família”, disse um deles que preferiu não se identificar.
Pessoas, entre elas, operadas, gestantes e com criança de colo aguardavam um posicionamento na calçada. “Cheguei aqui às 7h. A perícia estava marcada para 8h20. Estou operada e aqui aguardando. Um absurdo”, disse a auxiliar de enfermagem Jocenir da Penha, de 49 anos.
O militar Gervásio da Silva, de 54 anos, estava acompanhando o filho de 24 anos. “São pessoas que estão com o benefício em xeque. Uns estão chamando pelo nome e pedindo para remarcar a perícia”.
Na agência da praça São Salvador, o número de vigilantes teria sido reduzido de sete para três, segundo os próprios profissionais, mas o atendimento pela manhã era mantido. Segundo um vigilante, o atendimento da categoria voltou ao normal por volta das 12h. Mesmo depois do fechamento da agência às 17h, várias pessoas ficaram no interior do local aguardando para serem atendidas.
Por telefone, a diretora da empresa, Patrícia Falcão informou que, os vigilantes voltaram a trabalhar na tarde desta terça, após negociação com o INSS. Ela informou que, “a empresa não está pagando porque não está recebendo”. Segundo a diretora, o INSS não paga desde a fatura de Julho e a dívida já chega a R$ 890 mil. 

Folha da Manhã

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