Em 2016, Porto do Açu poderá transportar petróleo

Leandro Caldas | 19:03 | 0 comentários

Terminal terá investimento de R$ 600 milhões no ano que vem

O Porto do Açu vai receber investimentos de R$ 600 milhões para aumentar sua profundidade e torná-lo apto a receber navios com capacidade de transportar petróleo. A Prumo Logística, atual operadora do porto localizada no município de São João da Barra, teve autorização da Secretaria Especial dos Portos (SEP) para atuar com terminais de petróleo, gás e contêineres. O Açu só podia transportar minério de ferro e produtos siderúrgicos. A autorização foi publicada no Diário Oficial da União da última sexta-feira (6).


Com a permissão assinada, o investimento será destinado à dragagem do Terminal de Petróleo (T-OIL), localizado no Terminal 1 do Porto do Açu. Os recursos foram aportados pela Oiltanking na Prumo Logística, empresa responsável pelo empreendimento. Atualmente, ele conta com 20,5 metros de profundidade, e vai ser dragado para até 25 metros.



A autorização da SEP permite que o contrato entre efetivamente em vigor e que possa ser elevado até 320 mil barris por dia. A operação está prevista para agosto de 2016 e, por contrato, a BG irá utilizar o T-OIL durante 20 anos. O aval abre, também, a perspectiva da construção de termelétricas no Açu abastecidas com gás natural liquefeito (GNL). Com a mudança, a Prumo poderá ter o primeiro terminal para recebimento de GNL privado do país.



“A expectativa é que, com esse novo perfil do Açu, possamos imediatamente garantir oportunidades de investimento, uma vez que permitimos o início de operações nas áreas de óleo e gás em uma posição estratégica pela proximidade da Bacia de Campos”, disse o ministro da SEP, Hélder Barbalho.


OPorto do Açu poderá receber navios gigantes, como o VLCC, o que reduz o custo de exportação de petróleo cru em até US$ 2 por barril, segundo o presidente da Prumo Logística, Eduardo Parente. “Essa redução de custo é de quase 5% do valor do preço do barril no mercado internacional. Estamos destravando um novo horizonte. Não há mais amarras com o governo. Depende só da iniciativa privada”.




Foto: Silvana Knust
Fonte: Terceira Via

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