Preso vereador suspeito de mandar executar ex-prefeito de Macuco

O vereador de Macuco Douglas Espíndola Borges (PSC), preso no último sábado (3), está recolhido no presídio de Bangu I sob a acusação de ser um dos mandantes do assassinato do ex-prefeito da cidade fluminense, Rogério Bianchini, executado a tiros, em 30 de abril deste ano, quando chegava em casa, logo após uma caminhada matinal. O crime – que chocou toda a cidade e região – está sendo investigado pela Polícia Civil de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Macuco.

Além de Douglas, o também vereador Franklin Monteiro Lengrouber (PSB) é apontado como possível co-autor do crime. Eles teriam motivação política para determinar a morte do ex-prefeito, já que ele tinha pretensões de retornar ao cargo majoritário nas próximas eleições. A prisão do vereador Douglas Espíndola aconteceu após meses de investigação enquanto que outro homem, Daniel Aleixo Guimarães, é apontado como autor dos disparos efetuados contra Bianchini.

Daniel foi detido pela Polícia Civil de Niterói enquanto dormia na residência da mãe dele, em São Gonçalo. Segundo a investigação policial, Daniel foi contratado dois meses antes para trabalhar no gabinete de Douglas Espíndola Borges, na Câmara de Vereadores de Macuco. Ele inclusive alugou um imóvel próximo à casa da vítima e promovia reuniões políticas em que Bianchini chegou a participar. Daniel foi demitido do cargo que ocupava um dia após a morte de Bianchini, retornando para Niterói onde residia em um condomínio de luxo na região litorânea.

Durante as investigações, o nome do vereador Douglas foi novamente ligado ao caso da execução quando os agentes civis averiguaram documentos e computadores usados pelos políticos que estavam sob a guarda da Câmara local. Esse material foi apreendido e serve de prova contra Douglas e Franklin. A assessoria jurídica do vereador entrará com ação pedindo relaxamento da prisão alegando que o político vem colaborando com as investigações.

Tânia Garabini / Jornal Terceira Via