Lava Jato: Marqueteiro de Dilma e Lula tem prisão decretada

Leandro Caldas | 07:21 | 0 comentários

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta segunda-feira (22), a 23ª fase da Operação Lava Jato, batizada de “Acarajé” em alusão ao termo utilizado por investigados para denominar dinheiro em espécie. O publicitário João Santana, marqueteiro do PT nas últimas três disputas presidenciais, é um dos alvos desta etapa. Foram expedidos mandados de prisão para ele e sua mulher e sócia, Monica Moura. Ambos estão na República Dominicana. Os nomes deles serão incluídos na lista da Interpol em alerta vermelho. Segundo sua assessoria, Santana vai se apresentar à PF junto com Monica.

Também foi preso o engenheiro Zwi Skornick, suspeito de operar o esquema de propina na Petrobras. Preso desde junho, o empresário Marcelo Odebrecht teve um novo pedido de prisão negado pelo juiz Sérgio Moro. No entanto, ele será encaminhado, nesta segunda-feira, a Curitiba para ser ouvido.

Cerca de 300 agentes cumpriram 51 mandados, sendo 38 de busca e apreensão, 2 de prisão preventiva, 6 de prisão temporária e 5 de condução coercitiva. As ações aconteceram em três estados. No Rio, os agentes estiveram na capital, em Angra, Petrópolis e Mangaratiba. Também houve cumprimento de mandados na capital paulista, em Campinas e Poá, em São Paulo. Na Bahia, os policiais federais atuaram em Salvador e Camaçari.

Marqueteiro – João Santana foi marqueteiro das campanhas da presidente Dilma Rousseff e da campanha da reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006. Há mandado de prisão temporária expedido contra ele e sua mulher e sócia, Monica Santana. O casal está na República Dominicana, onde trabalham na campanha de Danilo Medina à reeleição, e, por isso, não foram presos. À Globonews, Monica disse que voltará ao Brasil assim que receber a notificação da Justiça.

O publicitário é acusado de receber US$ 7,5 milhões em contas no exterior através da offshore Klienfeld, que já foi identificada pela Lava Jato como um dos caminhos de propina da Odebrecht no exterior. Foram identificados quatro depósitos entre abril de 2012 e março de 2013 que totalizaram US$ 3 milhões.

Fonte: O Globo


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